No final de 2010, Deus concedeu um presente muito especial à nossa família. A poucos metros da porteira do sítio, meu pai e minha irmã encontraram um filhote de tucano com os olhos infeccionados e repletos de espinhos minúsculos. A cena comoveu o coração dos dois. Eles procuraram pela mãe do filhote, mas não viram nenhum sinal dela. Resolveram, então, socorrê-lo. Trouxeram para casa e minha irmã retirou cuidadosamente os espinhos dos olhos dele. Depois de uma visita ao veterinário e de ser medicado, o Tutankamon (ou “Tuta” para os íntimos) se recuperou da infecção, mas ficou com uma sequela: não enxerga 100% do olho esquerdo – o que faz com que ele se meta em mais confusão do que o normal. Com isso, passamos a chamá-lo de Tuta Magoo! O veterinário também nos ensinou a cuidar melhor dele, pois como uma família italiana estávamos intalando o pobre bichinho de tanta comida! Hoje o Tuta está forte e ativo. Decidimos não cortar a asa dele, mas deixá-lo livre para ir onde quiser, até mesmo ir embora. Até o momento, ele vive pelas árvores do sítio e quando sente a fome chegar, voa para perto de qualquer um que passar por ele ou pousa na janela da cozinha (e dizem que ave não é inteligente, hein?). Ele está empenhado em melhorar suas habilidades de voo. Às vezes dá com a “cara” na parede ou no tronco das árvores (coisa de iniciante!) – o que acabou merecendo mais outro nome: Tuta Magoo “George da Floresta”!
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