É natural nos sentirmos irados quando a igreja que amamos é denegrida, quando doutrinas claramente reveladas são postas de lado e quando lobos vestidos de ovelhas levam jovens cristãos para a destruição eterna. Nessas ocasiões, no entanto, não devemos dar espaço ao inimigo pecando em nossa ira.
Um princípio importante a ser lembrado é que as pessoas não são o inimigo, “porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12). Cada pessoa no planeta é de valor infinito, porque cada pessoa foi adquirida com o sangue de Jesus. Enquanto a pessoa viver, devemos considerar que Cristo está ansioso em trazê-la para Si mesmo e ainda tem esperança para com aquele indivíduo.
É nosso dever chamar o pecado pelo seu nome correto, mas ao fazer isso, devemos sempre ser respeitosos, e o objetivo de cada interação nossa deve ser trazer pecadores para Cristo. Mesmo quando admoestamos a igreja a respeito das intenções e doutrinas malignas de certos líderes “cristãos” (aqueles “que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” (Apocalipse 2:9), precisamos fazê-lo sem chacota ou malícia.
“Jesus não suprimia da verdade uma palavra que fosse, mas sempre a proferia com amor. Em Seu convívio com o povo exercia o maior tato, dispensando-lhes atenta e bondosa consideração. Não era nunca rude; jamais pronunciava desnecessariamente uma palavra severa; nunca motivava dores desnecessárias a uma alma sensível. Não censurava as fraquezas humanas. Dizia a verdade, mas sempre com amor. Denunciava a hipocrisia, a incredulidade e a injustiça; mas o pranto transparecia em Sua voz quando proferia Suas fulminantes repreensões. Chorou sobre Jerusalém, a cidade que amava, e que recusava recebê-Lo a Ele que era o caminho, a verdade e a vida. Haviam-nO rejeitado, a Ele que era o Salvador, mas olhava-os com ternura e compaixão. Sua vida foi de abnegação e solícito cuidado pelos outros. Toda alma era preciosa aos Seus olhos. Se bem que sempre Se conduzisse com divina dignidade, inclinava-Se com a mais terna simpatia a cada membro da família de Deus. Via em todos os homens almas caídas, cuja salvação constituía o objeto de Sua missão.” – Caminho a Cristo, p. 12.
O grande conflito será vencido pelo amor, e é somente pelo amor que o Reino de Deus pode crescer. Se usamos de coerção ou ridículo contra apóstatas quando temos esse poder, fazemos um desserviço a Deus. Não podemos lutar as batalhas de Deus usando as táticas de Satanás.
Satanás apresenta seu falso cristianismo como o verdadeiro caminho para promover o amor e a paz no mundo, e ele tem servos que parecem viver vidas boas e morais, e que tratam até mesmo seus oponentes com cortesia. Muitas pessoas bem intencionadas aceitam essa contrafação, tornam-se discípulos desses falsos profetas, e acreditam verdadeiramente que essas doutrinas falsas farão do mundo um lugar melhor. Se um cristão usa as táticas de Satanás para defender a verdade, Satanás será rápido em impressionar a mente desses discípulos com o contraste entre as maneiras corteses de seu líder apóstata e as do insensível servo de Deus.
Para lutar as batalhas de Deus usando Suas táticas, será necessário da nossa parte uma grande confiança nEle, porque a mansidão nunca nos parece uma atitude vencedora. Porém, precisamos nos lembrar que é no poder infinito e na sabedoria de Deus que nos apoiamos, não em nossa própria força ou inteligência. Deus prometeu que Seus meios prescritos alcançarão um fim glorioso, e a promessa é segura.
Por Monte Fleming
Fonte: advindicate.com