Em Mateus 5:48 lemos: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus”. Deus nos capacita a obedecer Seus mandamentos, e eu gostaria de dizer-lhes hoje que esse verso são boas-novas. Não porque Jesus não queira dizer realmente o que Ele disse ou porque Seu sangue nos cobre enquanto nos atolamos em nossos pecados. São boas-novas porque Deus está nos oferecendo, pelo poder do sangue de Jesus e pela presença do Espírito Santo em nós, libertação do pecado. Ele está nos chamando para fora das trevas para a Sua maravilhosa luz. Para que esse assunto não encha ninguém de terror.
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo [o sofrimento é uma ferramenta muito efetiva para nos trazer de volta a Deus, se deixarmos], para que te enriqueças; e roupas brancas [a justiça de Cristo], para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio [precisamos da ajuda do Espírito Santo para discernir a verdade espiritual], para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te”.
“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado. E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por Ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da Sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura” (Hebreus 12:1-19).
“Ninguém diga: Não posso remediar meus defeitos de caráter. Se chegardes a esta decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em nossa própria vontade. Se não quiserdes não vencereis. A dificuldade real vem da corrupção de um coração não santificado, e do desejo de não se submeter à direção de Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 99).
“Talvez nos lisonjeemos de estar isentos de muitas coisas de que outros são culpados; mas se temos alguns pontos fortes no caráter, e apenas um ponto fraco, existe ainda comunhão entre o pecado e a alma. O coração está dividido em seu serviço, e diz: ‘Um pouco do eu e um pouco de Ti’. O filho de Deus deve esquadrinhar o pecado que tem acariciado e com que tem condescendido, e deixar que Deus lho extirpe do coração. Precisa vencer aquele único pecado; pois isto não é sem importância aos olhos de Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 91).
Não posso pensar em maior milagre do que a reprodução do caráter perfeito de Cristo em nossas mentes degeneradas, destruídas pela degradação acumulada de milhares de anos de pecado.
Por Monte Fleming