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Este pão é mesmo integral?

Nosso teste revelou que por falta de legislação o consumidor leva para casa o pão integral sem saber realmente o que está consumindo.

Muitas pessoas preferem consumir produtos integrais ao invés dos tradicionais, em busca de uma alimentação saudável com mais vitaminas, minerais e fibras. Mas a questão é: será que estes produtos são realmente integrais como informam a embalagem? É possível responder esta pergunta?
A PROTESTE realizou um teste com pães integrais para alertar os consumidores e as autoridades que não existe legislação no país que defina os critérios para um pão (ou qualquer outro alimento a base de cereais) ser considerado integral ou não. No laboratório avaliamos a quantidade de fibra alimentar e a rotulagem de sete marcas de pães integrais para ilustrar esta situação e não para comparar ou eleger um produto.
Clique aqui para ver os resultados do teste das marcas que foram testadas e a sua denominação na embalagem.

O que chamou a atenção foi à discrepância dos valores informados no rótulo e os encontrados após a análise laboratorial.  A legislação permite uma diferença de até 20% para mais ou para menos na tabela de informações nutricionais e somente o pão Milani respeita esta margem de 20%.

Como não existem no país parâmetros e metodologia para classificar um pão como sendo integral, verificamos em nosso teste a quantidade de fibras e as informações dos rótulos. O resultado apontou que todos os produtos possuem um alto teor de fibras, característica essencial deste tipo de produto.
Segunda as normas a “lista de ingredientes” deve ser descrita em ordem decrescente de quantidade. Com esta informação verificamos que os pães testados das marcas Bread life, Grãolev, Milani e Wickbold tem em sua receita maior quantidade de farinha de trigo tradicional, em comparação à integral. O que é estranho, quando se trata de um produto que se denomina Integral.
Nosso teste revelou que por falta de legislação, o consumidor compra esses produtos sem saber o que está consumindo. A PROTESTE pede urgência à ANVISA para que haja aprimoramento da norma vigente (RDC nº 263/2005), de modo a definir padrões de identidade, qualidade e teor mínimo de grãos integrais nos produtos à base de cereais integrais. E estamos encaminhando representação para o Ministério Publico Federal, no sentido de dar conhecimento da lacuna hoje existente para esse produto, e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde já há um inquérito em andamento.
Fonte: PROTESTE
Nota Vida Campestre: Além de os pães “integrais” industrializados conterem boa quantidade de farinha refinada, eles também contêm conservantes, óleo refinado e outros ingredientes de baixa ou nenhuma qualidade. Sem dúvida, para quem vai consumir pão industrializado de qualquer forma, eles são melhores do que o pão branco ou o famoso pãozinho francês, mas se você deseja qualidade e saúde, o ideal é fazer seu próprio pão integral. Para aqueles que não têm tempo durante a semana, a dica é fazer duas ou mais receitas de pão de uma só vez e congelar. Clique aqui para aprender uma deliciosa receita de pão 100% integral e natural. 
Karina Carnassale Deana
Esposa do Davidson, mãe da Graziella (8) e dona de casa. Pedagoga e tradutora freelance. Gosta muito de escrever e inventar maneiras de ajudar as crianças a aprender. Ama a vida no campo e estar em meio à natureza com Deus e a família.

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