Vida Cristã

A eternidade em jogo

A morte do Cordeiro (Cristo) desde a fundação do mundo
garantiu ao homem um segundo tempo de prova. Uma nova oportunidade para a raça
humana exercer seu livre arbítrio e mostrar ao Universo a quem deseja submeter
a vontade: a Cristo ou a Satanás. Não há neutralidade. Cada escolha, mesmo as
de importância menor, determina sob qual comando nos colocamos.

Este artigo não se refere à benéfica, saudável e necessária
recreação que nos aproxima uns dos outros e de Deus,  como caminhadas, passeios ao ar livre, banho de mar ou de
cachoeira, tênis de praia, jardinagem, etc. É obra do inimigo fazer o certo
parecer errado e o errado parecer certo.

A primeira vez que tive contato com este assunto, rejeitei-o,
classificando-o como extremismo. Não me surpreenderia se ocorresse o mesmo com
você – querido leitor. Mas, graças ao incansável e misericordioso trabalho do
Espírito Santo, cedi à compreensão explicitada neste artigo. Desde já estou
orando para que II Coríntios 2:14 seja uma realidade em sua vida.
O que lhe sugere o quadro comparativo abaixo?
ESPORTE COMPETITIVO
EVANGELHO
Origem pagã
Origem divina
2 Tim. 3:16
Derrota o
adversário
Ajuda o próximo (mesmo
inimigo)
Mat. 5:43 e 44
Oculta intenções
Transparente nas
intenções
Apoc. 14:5
Mente/disfarça
Verdadeiro
Tiago 5:12
Busca o primeiro
lugar
Busca servir
Mat. 6:33 e 20:27
Ganha para vencer
Perde para vencer
Luc. 9:24
Competitivo
Solidário
Mat. 5:41
Gera rivalidade
Gera união
João 17:22
Cuida de seus
interesses
Cuida dos
interesses alheios
Fil. 2:4; Gal. 6:2
Faz acepção de
pessoas
Não faz acepção de
pessoas
Rom. 2:11
Exalta o homem
Exalta a Deus
Rom. 5: 8 e 9
Extravasa
sentimentos
Desenvolve o
domínio próprio
2 Pedro 1:6
Apoia a evolução – o mais
forte/preparado vence
Confirma a criação – o dependente de
Deus  vence
1 Cor. 1:27
Os primeiros serão os primeiros
Os últimos serão
os primeiros
Mat. 20:16
Perde o pouco
tempo que nos resta em diversão inútil
Usa o tempo para preparar o caráter
para a eternidade
João 12:35
Objetiva vencer o
outro
Objetiva vencer o próprio eu
I Cor. 15:31
Clique aqui para assistir outra comparação bem atual e tire sua
própria conclusão se adoramos ou não o bezerro de ouro.
Dentre as muitas armadilhas que a vida moderna nos apresenta
para desviar-nos do caminho estreito, este artigo busca advertir sobre algo que
aparenta ser inofensivo e até mesmo bom, mas, como pode ser observado pelas
Escrituras, não provém de Deus e, consequentemente, contribui para o
afastamento dos princípios eternos. Esportes competitivos, quer jogando quer
assistindo; jogos de salão; jogos eletrônicos; ou mesmo os
“inocentes” jogos infantis promovem valores mundanos, tem origem/filosofia
pagã e diminuem nosso interesse por temas sagrados. Mesmo jogos em família ou entre
amigos, se há perdedores e vencedores, são igualmente maléficos, embora haja
distintas situações de criticidade.
Além de enxadrista e aficionado por sinuca, sempre fui um
amante dos esportes, tanto praticando como assistindo, e não foi sem grande
luta, jejum e oração que Cristo me concedeu a vitória, também disponível a todo
suplicante. “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fil.
4:13). O que antes para mim era tão importante, hoje considero refugo. Louvado
seja o Senhor!
Visto que desta terra levaremos para o Céu unicamente o
caráter, Deus se importa muitíssimo com cada detalhe que diz respeito a sua
formação. Deus foi tão meticuloso ao instruir o povo de Israel que até para os
soldados que fossem à batalha Ele ordenou que levassem entre suas armas uma pá
para enterrar as fezes. Por outro lado, nenhuma ordem, regra ou recomendação há
sobre esportes competitivos, mas há muitas advertências para que não imitassem
as nações pagãs, de onde surgiram tais esportes, como parte da adoração aos
seus ídolos ou como tática de guerra.
Diversão significa divergir do objetivo; a quem interessa que
o cristão divirja de seu objetivo? Há muitos graves problemas nos jogos
competitivos que podem arruinar o caráter daqueles que se inclinam a jogar ou
assistir. Comecemos pelo cerne da questão: a quem estamos agradando quando nos
dedicamos a essa prática?  Jogamos ou
assistimos para glorificar a Deus ou para agradar-nos? Quem está no centro
dessa atividade? Como não há neutralidade, quem é glorificado? (I Cor. 10:31).
A consequência natural da vitória no esporte é a vaidade e da
derrota é o descontentamento, ambos são nocivos ao caráter. Mesmo em
brincadeiras esses maus traços afloram. O inimigo não perde oportunidades! O
fundamento do governo de Deus é o amor e “Aquele que não ama não conhece a
Deus” (I João 4:8). Em um jogo onde o objetivo é derrotar o adversário,
como é possível exercer e desenvolver esse dom de Deus?
O esporte é baseado no engano. A finta, o drible, o blefe, a
malícia, etc. são estratégias anti-cristãs que nada tem que ver com o que o
apóstolo Paulo escreve em Filipenses 4:8, “Quanto ao mais, irmãos, tudo o
que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há
algum louvor, nisso pensai”.
Esportes competitivos e jogos rebaixam a norma divina e nos
une ao mundo, ou seja, aos bilhões de pessoas que dobram seus joelhos diante de
uma tela de TV.  Baais modernos são
patrocinados por fabricantes de bebida alcoólica; o sagrado corpo dado por Deus
para ser o templo de Seu Espírito é vulgarizado, especialmente o feminino; produtos
 insalubres são promovidos; e nós,
como povo de Deus, vamos nos ajoelhar com o mundo? (Rom. 12:2). Lembremos do
que disse Salomão em Cantares 2:15: “Apanhai…as raposinhas, que fazem
mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor”.
Lutar contra a tradição, contra a cultura pagã que nos cerca e
contra nossa própria inclinação egoísta é uma batalha que está acima de nós,
mas o Senhor promete que “não nos sobrevirá tentação acima do que podemos
suportar” (I Cor. 10:13), portanto, querido amigo, se o esporte
competitivo e jogos perde/ganha opõem-se ao Evangelho, o que devemos fazer se
queremos seguir verdadeiramente a Cristo? “Se hoje ouvirdes a Sua voz, não
endureçais o vosso coração” (Salmo 95: 7 e 8).

Karina Carnassale Deana
Esposa do Davidson, mãe da Graziella (8) e dona de casa. Pedagoga e tradutora freelance. Gosta muito de escrever e inventar maneiras de ajudar as crianças a aprender. Ama a vida no campo e estar em meio à natureza com Deus e a família.

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6 Comentários

  1. Este artigo nos convida a refletirmos e agirmos sobre algo importante.
    Queremos seguir a multidão ou queremos agradar ao nosso amorável Senhor, que apenas deseja o melhor para nós?
    Esportes competitivos conspiram contra nosso crescimento do caráter….
    Obrigado pelo artigo!

  2. A Sra. White diz: "Os homens se empurram uns aos outros, contendem pelas mais altas posições. Os amantes de prazer aglomeram-se ainda nos teatros, nas corridas de cavalo, nos antros de jogo. São dominados pelo maior excitamento, todavia o tempo de graça aproxima-se rapidamente do fim, e todo caso está para ser eternamente decidido. Satanás vê que seu tempo é curto. Tem posto em operação todas as suas forças a fim de os homens serem enganados, seduzidos, ocupados e enlaçados até que o dia da graça se haja findado, e a porta da misericórdia esteja para sempre fechada."

  3. Somplesmente… Fantástico!!!

  4. Topissimo, se é que existe essa palavra!
    Obrigado pelas sabias palavras!

  5. Eu li e compreendi que contra aquilo que desagrada a Deus nós devemos ser radicais.Sim, não há meio termo contra o pecado.
    E Ellen White diz:
    Deveis conservar – vos afastados do terreno encantado de Satanás, e não permitir que vossa mente se desvie da fidelidade para com Deus. Por meio de Cristo podeis e deveis ser felizes, e adquirir hábitos de domínio próprio. Até vossos pensamentos devem ser trazidos em sujeição à vontade de Deus, e vossos sentimentos sob o domínio da razão e da religião. Vossa imaginação não vos foi dada para que se lhe permitisse correr desenfreada a seu bel – prazer, sem nenhum esforço para restringi – la ou discipliná – la. Se os pensamentos forem maus, maus serão também os sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o caráter moral. … Se cederdes às vossas impressões, e permitirdes que os pensamentos sigam o rumo da suspeita, da dúvida, dos lamentos, achar – vos – eis então entre os mais infelizes dos mortais. Ma 224.2

    1. Olá,

      Agradecemos por compartilhar essa citação. Muito importante. Que possamos bucar o poder de Deus em nossa vida para obedecê-Lo. Até mais!

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