Vida Cristã

O ladrão na cruz – fez mais do que imaginamos

Muitas vezes ouvi que um dos ladrões
que foi crucificado ao lado de Cristo aproveitou como quis a vida e no último
instante aceitou Jesus, garantindo assim o seu lugar no Paraíso.
Parece-me que esse aspecto da entrega
final do malfeitor tem levado alguns a desprezarem as oportunidades que se
apresentam diariamente para uma radical mudança de vida, e a adiarem
indefinidamente a tomada de decisão de submeterem-se à vontade de Deus sem
reservas, crendo que poderão decidir-se no futuro, momentos antes da grande
crise final.
 “Que fé teve aquele ladrão moribundo sobre a
cruz! Aceitou a Cristo quando aparentemente era uma absoluta impossibilidade
que Ele fosse o Filho de Deus, o Redentor do mundo. Na oração do pobre ladrão,
houve uma nota diferente da que soava em toda parte; foi uma nota de fé, e
chegou até Cristo. A fé nEle por parte do moribundo foi como a mais suave
música aos ouvidos de Cristo. A alegre nota de redenção e salvação foi ouvida
entre as agonias de Sua morte. Deus foi glorificado em Seu Filho e por
intermédio dEle. (Ellen White, MM 1995, O
Cuidado de Deus
, 18 de setembro, p. 275).
Estamos nós dispostos a andar
contrariamente à maioria, mesmo do professo povo de Deus, que optou pela
mornidão? Muitos estavam dispostos a clamar hosanas ao filho de Davi quando
Cristo curava e multiplicava alimentos, mas quando quase todos O abandonaram, somente
o ladrão O glorificou. Como podemos hoje glorificar a Cristo, quando a maioria
O nega por suas escolhas e atitudes que se assemelham às dos descrentes?
“Nisto é glorificado Meu Pai, que deis
muito fruto; e assim sereis Meus discípulos” (João 15:8). Devemos glorificar a
Deus em nosso corpo, que é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20), e
também, comendo, bebendo ou fazendo qualquer outra coisa (1 Coríntios 10:31).
Fica evidente que glorificar a Deus é muito mais do que cantar na igreja, está
relacionado a fazer o que agrada a Deus em tudo, o que é possível quando
escolhemos entregar incondicionalmente nossa vontade para sermos dirigidos pelo
Espírito Santo.
Voltando ao ladrão. “Este não era um
criminoso endurecido; extraviara-se por más companhias, mas era menos culpado
que muitos dos que ali se achavam ao pé da cruz, injuriando o Salvador. Vira e
ouvira Jesus, e ficara convencido, por Seus ensinos, mas dEle fora desviado
pelos sacerdotes e príncipes. Procurando abafar a convicção, imergira mais e
mais fundo no pecado, até que foi preso, julgado como criminoso e condenado a
morrer na cruz” (Ellen White, O Desejado
de Todas as Nações
, p. 749).
Os frutos que se seguiram à sua
entrega foram visíveis. Fez tudo o que estava ao seu alcance, de acordo com sua
fé. Glorificou o Salvador e o seu testemunho do amor e bondade de Cristo
atravessou séculos e atingiu bilhões de pessoas. Ele morreu, mas suas obras continuam
até hoje. Cristo deu ao ladrão o mesmo que quer dar a todos que O glorificam: “Ao
ladrão contrito sobreveio a perfeita paz da aceitação de Deus” (Ibid., p. 751).

Karina Carnassale Deana
Esposa do Davidson, mãe da Graziella (8) e dona de casa. Pedagoga e tradutora freelance. Gosta muito de escrever e inventar maneiras de ajudar as crianças a aprender. Ama a vida no campo e estar em meio à natureza com Deus e a família.

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